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Montagem feita por: Carolina Azambuja

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Quebrando a cuca - Parte 2

Resposta ao questionamento proposto pelo blog Tipo Blog
 http://tipoblogunb.blogspot.com.br/2013/07/quebrando-cuca-parte-1.html



Acervos pessoais testam os limites dos princípios arquivísticos, pela impossibilidade de generalizações dos interesses pessoais que levaram à produção documental.
Na prática arquivística, documento é toda informação fixada em um suporte e produto de uma atividade. O arquivamento além de preservar a informação e o suporte, visa primordialmente preservar a atividade geradora, de forma a prová-la.
Portanto, o sentido arquivístico dos acervos pessoais será dependente do contexto e dos motivos que levaram à sua guarda, e que não raro está dissociada da informação primária do documento. Disto decorre que em acervos pessoais a classificação que não está acompanhada da descrição só faz sentido para quem o produziu. Ao perder o contexto de produção, o acervo perde sua organicidade.
Em decorrência disto, podemos afirmar que o CD autografado, enquanto parte do acervo do proprietário original - o pai – é um documento de arquivo. Porque para além do suporte e das informações primárias que contém, o CD carrega consigo o momento, a ação que originou o autógrafo, tornando-o único para seu proprietário.
O mesmo não afirmamos quando sua guarda passa para o filho, já que todo o contexto que envolve o CD já se perdeu (estamos supondo que não haja descrição arquivística no acervo considerado), ocasionando perda da organicidade do acervo.

Esta resposta foi baseada no seguinte artigo:
Lopez, André Porto Ancona. Arquivos pessoais e as fronteiras da arquivologia. Revista Gragoatá, n 154, p. 69-82, Niterói, 2003. Acesso no link: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/587/1/ARTIGO_ArqPesFronteirasArquivologia.pdf

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