http://tipoblogunb.blogspot.com.br/2013/07/quebrando-cuca-parte-1.html
Acervos pessoais testam os limites
dos princípios arquivísticos, pela impossibilidade de generalizações dos
interesses pessoais que levaram à produção documental.
Na prática arquivística, documento é
toda informação fixada em um suporte e produto de uma atividade. O arquivamento
além de preservar a informação e o suporte, visa primordialmente preservar a
atividade geradora, de forma a prová-la.
Portanto, o sentido arquivístico dos
acervos pessoais será dependente do contexto e dos motivos que levaram à sua
guarda, e que não raro está dissociada da informação primária do documento.
Disto decorre que em acervos pessoais a classificação que não está acompanhada
da descrição só faz sentido para quem o produziu. Ao perder o contexto de
produção, o acervo perde sua organicidade.
Em decorrência disto, podemos afirmar
que o CD autografado, enquanto parte do acervo do proprietário original - o pai
– é um documento de arquivo. Porque para além do suporte e das informações
primárias que contém, o CD carrega consigo o momento, a ação que originou o
autógrafo, tornando-o único para seu proprietário.
O mesmo não afirmamos quando sua
guarda passa para o filho, já que todo o contexto que envolve o CD já se perdeu
(estamos supondo que não haja descrição arquivística no acervo considerado),
ocasionando perda da organicidade do acervo.
Esta resposta foi baseada no seguinte
artigo:
Lopez, André Porto Ancona. Arquivos
pessoais e as fronteiras da arquivologia. Revista Gragoatá, n 154, p. 69-82,
Niterói, 2003. Acesso no link: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/587/1/ARTIGO_ArqPesFronteirasArquivologia.pdf
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